TOXICOMANIAS E ALCOOLISMO (TyA-Rio)
- Coordenação: Sarita Gelbert
- Coordenação adjunta: Rodrigo Abecassis
- Periodicidade e horário: primeiras e terceiras terças-feiras do mês, às 20h00
- Início: 2 de março
Neste primeiro semestre, vamos nos dedicar às articulações entre as toxicomanias e o amor. Miller, em 1995, usa a expressão “anti-amor” para indicar que a toxicomania apresenta uma relação diferente com o Outro, ou seja, prescinde dele. O toxicômano elege o objeto/substância em detrimento de sua relação com o Outro, que aparece como obstáculo, entrave ao fugaz conforto da ilusão de completude. Por outro lado, nota-se que uma outra relação com a linguagem se estabelece, onde o corpo é tomado como Outro.
Nesse sentido, faz-se necessária uma leitura e percurso sobre a incidência do amor nas toxicomanias e seus tratamentos. Logo, coloca-se uma questão fundamental: Como lidar com o delicado desafio do manejo na transferência? E as outras compulsões? Como o amor de transferência incidiria?
Apostar na psicanálise para esses sujeitos é tomar o amor de transferência como possibilidade de metaforização e parcialização do objeto que assume um status único de gozo, como também, estabelecer uma leitura que se dirija ao inconsciente real.
Propomos uma pesquisa para pensar se o manejo da transferência em algumas situações implica um trabalho sobre esse Outro construído pelo toxicômano. Vamos verificar.