CURSO PRIMEIRAS LIÇÕES
Angústias atuais
- Coordenação: Márcia Zucchi e Thereza De Felice
- Datas: 19/03, 02/04, 16/04, 30/04,14/05, 28/05, 11/06, 25/06.
- Horário: Quartas feiras: 17:30-19:00h. Frequência quinzenal.
- Inscrições: Enviar e-mail para Rosane (icprio@icprio.com.br) com o comprovante de pagamento feito por PIX na chave: 05.420.670/0001-80
- Valor: R$270,00 (em duas parcelas de R$135,00).
- Curso presencial.
- Vagas Limitadas.
- Os alunos do Ciclo Fundamental estão isentos de pagamento, mas precisam enviar e-mail solicitando sua inscrição para Rosane (icprio@icprio.com.br).
Transformações climáticas, cultura do ódio, polarizações políticas, exigência de performance e sucesso, vida instagramável…. Essas são algumas das fontes de angústia atuais, dentre outras. No dizer de Zygmunt Bauman, o século XXI tem sido o século do medo generalizado. Neste curso, pretendemos examinar algumas dessas fontes de angústia e medo, à luz das teorias de Freud sobre a angústia, especialmente a partir de uma releitura realizada por Lacan.
A angústia foi, para Freud, um sinal clínico fundamental ao longo de toda sua vida de pesquisa e construção da psicanálise. Esta lhe permitia diferenciar as neuroses de angústia em seu estado generalizado das neuroses de transferência – as fobias, as histerias e as neuroses obsessivas –, nas quais a angústia se desencadeia frente a algumas situações e objetos específicos, cujo laço libidinal implica um tipo de satisfação proibida e, portanto, recalcada. Freud, contudo, já indicava que o fenômeno da angústia – este afeto – tinha, essencialmente, valor de sinal da aproximação desse núcleo recalcado.
Foi preciso que Lacan avançasse em seu ensino para que a angústia como sinal do real ganhasse clareza. Ela passa a ser sinal da presença de uma alteridade indefinida, mas que, supostamente, carrega um desejo que nos implica aí. Trata-se de outro modo de dizer daquilo que afeta o corpo, mas não alcança o significante, atingindo-nos como estranheza e opacidade, gerando angústia.
Como fazer com isso? Essas são algumas das questões que pretendemos abordar – e, estes nos parecem bons vetores de leitura desses fenômenos tão presentes na clínica hoje.