CORPO E EXCESSO DE GOZO

Niraldo de Oliveira Santos
EBP/AMP

Agradeço o convite que me foi feito por Márcia Zucchi e pela Diretoria do Instituto de Clínica Psicanalítica do Rio de Janeiro (ICP-Rio) para esta aula inaugural, que me trouxe imensa satisfação!

Abordar este tema, tão amplo quanto instigante, requer o difícil exercício de fazer escolhas e recortes epistêmicos para que, apoiando-me em algumas referências, seja possível construir um pequeno argumento para facilitar nossa discussão.

Inicio com duas passagens do Seminário, livro 19 “… ou pior”, de Jacques Lacan.

A primeira delas é: “Quando alguém me procura no meu consultório pela primeira vez e eu escando nossa entrada na história com algumas entrevistas preliminares, o importante é a confrontação dos corpos (…). Mas persiste o fato de que, no nível em que funciona o discurso que não é o discurso analítico, coloca-se a questão de como esse discurso conseguiu aprisionar corpos”[1]. A segunda passagem: “O ponto essencial, o ponto de emergência de algo de que todos nós aqui acreditamos mais ou menos fazer parte – o ser falante, por assim dizer -, é essa relação perturbada com o próprio corpo que se chama gozo”[2].

Compartilho com vocês algumas perguntas que me ajudaram a trilhar os caminhos nas linhas que seguem: O que leva os sujeitos para uma análise nos tempos que correm? Como os significantes mestres da nossa época se imiscuem nos modos de gozo dos sujeitos que procuram o tratamento psicanalítico? Quando falamos de excesso de gozo, o que seria esse excedente? Trata-se de um paradigma dos chamados sintomas atuais? Quais as consequências deste gozo-excesso no laço social?

Tomo essas questões como aberturas, que me servem de aguilhão, pois elas me despertam verdadeiro interesse neste campo trilhado por Freud e Lacan. A psicanálise, como discurso vivo, é o que nos permite toma-las como objetos de pesquisa. Construir as respostas, é já uma outra coisa, que concerne a todos nós, a partir da nossa clínica. Mas Lacan nos dá pistas e elementos: “Da análise há uma coisa que deve prevalecer: é que há um saber que se extrai do próprio sujeito. No lugar do polo do gozo, o discurso analítico põe o S barrado (…). Esse saber, este não é suposto: ele é saber, saber caduco (…). Assim é o inconsciente. Esse saber, eu o defino (…) por só poder postular-se a partir do gozo do sujeito”[3].

Em “A terceira” (1974), Lacan nos questiona por que nossos presumidos analisantes retornam, tendo em vista a tarefa em que nós os metemos. Lacan nos responde dizendo que é devido ao corpo vivo, que “se goza”; que “ele se goza de algo (…) que produz um prazer doido”[4].

O corpo erógeno

Faremos um pequeno retorno.

Que o corpo seja elemento central no tratamento psicanalítico, não há dúvidas. Também é evidente a importância capital que os sintomas conversivos dos sujeitos histéricos tiveram, com sua forma particular de subverter as leis de funcionamento do organismo, para o surgimento da psicanálise.  Foi por meio da escuta atenta do sofrimento psíquico destes sujeitos que Freud pôde construir e nos apresentar um arcabouço teórico e clínico explicitando o modo como, nos humanos, o organismo é recoberto de investimento libidinal formando o que ele nomeou como corpo erógeno. A este respeito, estamos no campo propriamente dito do sintoma freudiano por excelência e podemos dizer que grande parte da obra do famoso vienense vem para mostrar como o humano entra na civilização (ou no campo da linguagem, se seguirmos Lacan) perdendo em instinto para tornar possível a convivência em sociedade. Não sem protestos, é claro.

No texto “Concepção psicanalítica do transtorno psicogênico da visão”[5] (1910), Freud expõe com sua clareza e cuidado impressionantes com o leitor, como o sintoma conversivo – no caso, a cegueira histérica – apontava para uma inflação de libido no aparato orgânico da visão comprometendo a função de enxergar, sem que houvesse nenhuma anormalidade fisiológica no aparelho óptico. Tratava-se ali, dizia Freud, da consequência de o humano habitar uma morada e servir a dois senhores ao mesmo tempo – de um lado um organismo com um saber advindo da natureza, com capacidade de auto regulação; e do outro, o corpo próprio investido de libido, revestido de prazer, historicizado… o corpo erógeno.

Porém, se aqui temos o sintoma histérico, sintoma que porta uma cifra do desejo, como o paradigma do retorno do recalcado, consequência do Complexo de Castração que segue a esteira do Édipo, Freud também se deparou com outros tipos de condições clínicas, às quais denominou de neuroses atuais, casos nos quais ele localizou uma “tensão física que não conseguia penetrar no âmbito psíquico”[6], que não possuíam representação. Tratava-se, desde ali, de um gozo não negativizado, aquém ou além do falo e da castração? Como pensar esses modos de excitação que invadem o corpo, como nos casos de angústia às quais Freud se referia como neuroses atuais, que não obedeciam às leis do retorno do recalcado?

Essa questão é, a meu ver, um ensejo para que possamos reinserir Lacan na conversa.

O corpo goza de sua imagem… e de objetos

Lacan inaugura seu ensino psicanalítico nos apresentando a importância da imagem para a constituição subjetiva. Ao apresentar o estádio do espelho como formador da função do Eu, ele nos mostra como o corpo se engendra na economia do gozo pela imagem. O gozo na vertente imaginária, que visa a relação dual, foi e continua sendo um obstáculo ao tratamento psicanalítico, uma vez que faz barreira ao surgimento do desejo. Lacan, em todo o seu ensino, toma os registros do imaginário, simbólico e real como vias de pesquisa, operando modificações epistemológicas e clínicas fundamentais. A vivacidade e atualidade do discurso psicanalítico são tributárias dessa constante inquietação lacaniana em torno deste tripé, fazendo-o chegar ao conceito de sinthoma, um quarto elemento acrescentado a esses três termos.

Mas, voltemos ao momento onde temos o Lacan propriamente freudiano. A rigorosa leitura que ele fez da obra de Freud é conhecida pelo uso do aparato da linguística e do estruturalismo. Na conferência “Lugar, origem e fim do meu ensino”, de 1967, ele nos diz: “meu ensino é muito simplesmente a linguagem, nada além disso”[7]. Ao tomar o modo como a fala e a linguagem se engendra no humano, Lacan partiu de uma prevalência do simbólico; aqui, a linguagem era primeira e, no encontro com a libra de carne, operava uma expulsão, uma extrusão de gozo fazendo do corpo um corpo mortificado – “a palavra mata a coisa”. Apesar da mortificação operada pela invasão do simbólico, oásis de gozo são mantidos – as zonas erógenas, nas quais o circuito pulsional, operando pela repetição, encontra suas formas de satisfação por meio de objetos.

Com o aforismo o inconsciente é estruturado como uma linguagem, Lacan foi criticado por supostamente ter desprezado os afetos. Ao dedicar um ano de seu ensino ao tema da angústia, Lacan diz: “Não tomei o caminho dogmático de fazer com que uma teoria geral dos afetos precedesse o que tenho a lhes dizer da angústia. Por quê? Porque aqui não somos psicólogos, somos psicanalistas”[8]. Em oposição a uma psicologia dos afetos, Lacan propõe a erotologia, deixando claro que o que importa na teoria dos afetos é a articulação do desejo com a angústia[9]. Mais do que dizer que a angústia não é sem objeto (ao contrário do que se acreditava) diz também que ela, a angústia, designa o objeto. A esse objeto cedível, resto da operação da divisão subjetiva, Lacan nomeia de objeto a. Vejamos o que ele nos fala a respeito:

O objeto a não é a finalidade, a meta do desejo, mas sim sua causa. Ele é causa do desejo na medida em que o próprio desejo é algo não efetivo, uma espécie de efeito baseado e constituído na função da falta, que só aparece como efeito ali onde se situa a ideia de causa, isto é, apenas no nível da cadeia significante, à qual o desejo confere a coerência pela qual o sujeito se constitui essencialmente como metonímia[10].

É a partir do Seminário “A angústia” que Lacan agrega aos objetos parciais freudianos (oral, anal e fálico) o olhar e a voz.

Em um momento posterior, no que comumente chamamos, com Jacques-Alain Miller, de seu último ensino, lalíngua passa a ser causa de gozo, sendo a linguagem segunda, tentativa de elocubração de saber[11] sobre o acontecimento traumático, troumatisme, de lalíngua com o corpo, e que “o inconsciente é um saber fazer com lalíngua”[12].

“Não há relação sexual… o dois já está no nível do delírio”[13]

Um momento no ensino de Lacan que é fundamental para o nosso tema, este do corpo e excesso de gozo, é de fato o Seminário 19: “… ou pior”, de 1971-1972. Ali, como em diversos outros momentos do seu ensino, Lacan consegue ser tão vanguardista que estamos, mais de 50 anos depois, às voltas com seus ditos[14]. Trata-se de um seminário onde Lacan abre principalmente duas frentes de trabalho, que se articulam: a primeira, “a inexistência da relação sexual”, e a segunda “Há Um”. Em basicamente todo o seminário, que é bastante teórico, acompanhamos Lacan na construção das fórmulas da sexuação e da teoria do Um. É um caminho que Lacan percorre na companhia da Metafísica de Aristóteles e dos Diálogos de Platão, principalmente “O Parmênides”. A lógica, a matemática e, principalmente, a teoria dos conjuntos são os aliados de Lacan neste momento.

A partir da lógica aristotélica, Lacan vai nos mostrar que a função fálica domina igualmente os dois parceiros; porém, ao demonstrar a noção de não-todo fálico, Lacan nos abre a via para o real, para o gozo também chamado de feminino, para além da baliza fálica, para além do simbólico. Do lado deste Há Um, Lacan insere a Existência, como diferente do Ser.

Voltando ao ponto do traumatismo de lalíngua com o corpo, Lacan propõe um caráter bífido para este significante sem sentido inaugural. Uma vertente dele se articula a um S2, formando cadeia; uma outra permanece apartada, sem sentido, do lado do real. Como decorrência disso, temos dois pontos essenciais: de um lado, a ausência de sentido e a iteração do Um; do outro, a linguagem e a produção de sentido. A este respeito Lacan nos diz: “Qual é a função da fala? O discurso do analista é a conta certa para fazer surgir essa questão. (…) A questão, portanto, é realmente saber de onde vem isso, o sentido”[15]. É interessante observar que neste seminário (e também no seminário 20) Lacan faz referências à besteira (connerie) estrutural em todo falasser, como estratégia para suturar o sem sentido, a fenda, a hiância da não-relação sexual; daí, inclusive, uma possibilidade para colocarmos nas reticências do título do Seminário 19: “não há relação sexual ou pior”[16].

Ao longo do Seminário 19 Lacan enfatiza sua criação anterior, os 4 discursos, e diferencia o discurso analítico dos outros 3. E aqui, vemos Lacan enfatizar o lugar do corpo: “Há o que acabo de enunciar: o gozo, a verdade, o semblante e o mais-de-gozar. É aí que isso gira. E há o suporte, o que acontece no nível do corpo – de onde surge todo o sentido. (…). Portanto, o ground está aí. Trata-se, com efeito, do corpo, com seus sentidos radicais”[17].

O Um sozinho e a iteração

O curso de Jacques-Alain Miller “O Um sozinho”, apresentado ao público no ano acadêmico 2010-2011, elege o último ensino de Lacan como matéria de investigação. O Lacan considerado clássico, que compreende o intervalo de 1950 a 1970 dá ênfase, como vimos antes, à ordem simbólica, à sexualidade, ao amor e ao desejo. O último Lacan explora o real e destaca o campo do gozo. Uma diferença essencial mostra que, se o sujeito é articulado a um outro ou um Outro no Lacan clássico, no último ensino ele se encontra sozinho no campo do gozo. Nesta perspectiva, o gozo de cada um não é complementar ao gozo de qualquer outro. O gozo se repete indefinidamente, pois é encontrado pela primeira vez de maneira mais ou menos traumática: trata-se de uma reiteração, pura repetição. É, como nos diz Miller, “a reiteração do Um de gozo para o qual, hoje, tivemos de inventar, promover o termo adicção”[18].

Neste curso, ao trabalhar a distinção entre os registros da Existência e do Ser, Miller segue o último ensino de Lacan, aquele que aporta ao significante um outro valor. O significante não traz sentido ao vivente, mas provoca um gozo que em parte permanece indelével e que ecoa no sintoma.

O trecho destacado a seguir é parte da aula IV, de 09 de fevereiro de 2011, que vai do desejo ao acontecimento de corpo[19]. Nesta aula, Miller traça um percurso que parte da exposição da função nodal da fantasia, da posição feminina do analista, da vertente pulsional em Freud e em Lacan, até chegar no ponto central de sua exposição que é destacar o gozo feminino como estando para além da dialética, portanto, para além (ou aquém) do desejo e do Édipo:

[…] a lei do desejo é a que cria o desejo pela interdição e pela negação. Lacan diz ser preciso inverter a escala e ter acesso precisamente ao que antes era proibido. O gozo deve ser recusado: ‘se ele te for recusado, é para que possas alcançá-lo, meu filho’. Assim, o gozo é introduzido na dialética do desejo.

Pois bem, Lacan pôde pensar o gozo para além da interdição, pôde pensá-lo positivado como o de um corpo que goza. Essa diferença é visível: o gozo não está ligado a uma interdição, ele é um acontecimento de corpo. O valor de acontecimento de corpo é o de se opor, precisamente, à interdição. Ele não está articulado à lei do desejo. O gozo é da ordem do traumatismo, do choque, da contingência, do puro acaso. Isso se opõe, termo a termo, à lei do desejo. O gozo não está aprisionado numa dialética, mas é objeto de uma fixação […][20].

Miller enfatiza que, desde o seminário 18 em diante, bem como no escrito “O aturdito”, Lacan faz do gozo feminino “o regime do gozo como tal[21]”, indicando algo preciso que é o fato deste gozo não ser edipiano e “ser reduzido ao acontecimento de corpo”[22]. A mudança que Lacan propõe com a nova escrita do sintoma, passando a sinthoma, acompanha esta mudança de estatuto do gozo, havendo na raiz dessa semântica um puro acontecimento de corpo, ao qual o gozo estaria reduzido.

Neste aspecto, vale lembrar que se trata de um gozo foracluído para todos, uma foraclusão generalizada, uma ex-sistência do gozo. Portanto, em um primeiro momento, Lacan apresenta a teoria de que o gozo só entrava em jogo sob sua forma negativa, “até que se impôs a necessidade de designar um gozo positivo, fosse o gozo antes da interdição ou aquele que resta depois dela”[23]. Trata-se do gozo como ilimitado.

A desordem do ilimitado: a clínica psicanalítica em nossos tempos

Partindo desta orientação de que para todos há um gozo para além da interdição – e, portanto, para além do Édipo – voltamos às questões formuladas antes, como o que recebemos na clínica psicanalítica hoje?

Na maior parte dos casos (sim, hoje ainda), os analizantes estão do lado do Ser, escapando do Um sozinho; os analisantes passam o tempo das sessões falando do Ser. Isso está na clínica desde o início, “há muita crença no ser”. Nesta via, não ser besta, “seria separar rigorosamente o Um e o Ser, tarefa complicada, porque o Ser a todo o tempo tampona o Um”[24]. E Lacan nos diz, no seminário 19: “Vocês só gozam com suas fantasias. (…) o importante é que suas fantasias gozam com vocês”[25].

Graciela Brodsky[26], em sua exposição no último congresso da AMP – “Todo mundo é louco”, nos disse que o fantasma é o que converte o sinthoma em sintoma clínico, perturba sua função com cenários, com sentidos; o sintomatiza, o patologiza e, então, busca-se ajuda para tirar essa pedra do sapato.

Penso que um dos fenômenos que testemunhamos em nossa época diz respeito às situações onde o falasser, ao se deparar com o real (seja pela via do que se passa com o corpo e a sexuação ou com o que se dá nas parcerias, por exemplo) se agarram a significantes produzidos pelo mestre atual, inserindo-se em comunidades discursivas e de gozo, tendo como efeito colateral o gozo secretado como resto, pedaços de real. “No discurso do mestre/senhor, vocês, como corpos, estão petrificados”[27], nos diz Lacan.

Duas pontuações que considero importantes acerca desta vertente do aprisionamento aos significantes mestres do capitalismo, por exemplo. A primeira: não considero que devemos ir rápidos demais quando se trata de um falasser que nos chega ocupando o lugar de vítima – afinal, esta não costuma ser a posição com que os inícios de uma análise se dão? A segunda, é a de acreditarmos que é só do lado do real, do não todo que reside o perigo: pois com ficções se pode destruir o semelhante, pode-se destruir o planeta, o mundo[28].

Em outra vertente, também recebemos casos que atestam esta iteração do gozo de entrada, prescindindo do percurso de uma análise que dura e que descontrói, passo a passo, as defesas possíveis frente ao real. Aqui vemos um outro rumo para os casos nos quais não está em questão a função nodal da fantasia, promovida por Lacan como o que enlaça o imaginário e o simbólico “de maneira a fazer dela a janela do sujeito sobre o real”[29].

O corpo, aqui, é o palco dos excessos.  Trata-se de uma “agitação do real que advém do retorno do gozo não localizado sobre o corpo”[30].  A este respeito, nosso colega Jésus Santiago defende a tese de que o empuxo-às-adicções e a iteração do Um de gozo são um paradigma da clínica atual. Nestes casos, Jésus fala de uma formação de ruptura com o registro fálico levando a excessos do gozo autístico: “Trata-se de um novo sintoma, na medida em que a drogadicção se constitui exemplar de um gozo que, essencialmente, se produz no corpo do Um, sem que, com isso, o corpo do Outro esteja ausente”[31].  Para ele, o alcance clínico da teoria lacaniana nas adicções implica considerar a droga ou outro gadget um objeto que busca suprir a inoperância da função fálica.

Para finalizar

Poderíamos continuar nesta conversa por muito tempo; até porque, tudo isso abre a perspectiva de uma outra via igualmente importante – a do tratamento psicanalítico. Como não será o nosso caso aqui, encerro com duas citações de Lacan acerca do lugar do analista:

Lembrem-se de que o semblante daquele que fala, como tal, está sempre lá, em qualquer espécie de discurso que o ocupe (…). Então, sejam mais descontraídos, mais naturais, quando receberem alguém que venha lhes demandar uma análise. Não se sintam forçados a dar-se ares de importância[32].

É preciso que ele (o analista) não se acredite mais do que ele pensa. Ele se põe à disposição do analisante na condição de último dos últimos (…) para escutar o que vai jorrar dele naturalmente. É preciso realmente que haja um ponto em que ele não se ache grande coisa[33].


[1] LACAN, J. “O Seminário, livro 19: … ou pior” (1971-1972). Rio de Janeiro: Zahar, 2012, p. 220.
[2] LACAN, J. (1971-1972), p. 41.
[3] LACAN, J. (1971-1972), p. 77.
[4] LACAN, J. “A terceira” (1974). In: A terceira; Teoria da lalíngua. Rio de Janeiro: Zahar, 2022, p. 44.
[5] FREUD, S. “Concepção psicanalítica do transtorno psicogênico da visão” (1910). In: Obras Completas, vol. 9. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
[6] FREUD, S. “Rascunho E” (1894). In: Obras completas, vol. 1. Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 235.
[7] LACAN, J. “Lugar, origem e fim do meu ensino” (1967). In: Meu ensino. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2006, p. 34, 36.
[8] LACAN, J. “O Seminário, livro 10: a angústia” (1962-1963). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005, p. 23.
[9] LACAN, J. (1962-1963), p. 24.
[10] LACAN, J. (1962-1963), p. 343.
[11] LACAN, J. “O Seminário, livro: 20, mais, ainda” (1972-1973). Rio de Janeiro: Zahar, 2008, p. 149.
[12] LACAN, J. (1972-1973), p. 149.
[13] MILLER, J.-A. O Um sozinho. Aula XIII, 18 de maio de 2011. Inédito.
[14] Aqui agradeço às elaborações provocadas nas nossas reuniões do cartel “Rumo ao XXV EBCF”, composto por Angélica Bastos, Carolina Dutra, Christiane Zeitoune, Doris Diogo e Rodrigo Abecassis.
[15] LACAN, J. (1971-1972), p. 66.
[16] TUDANCA, L. “Comentario sobre las dos primeras clases del Seminario 19”. In: Lo heteróclito del falo. Laurent, É; Mildiner, K. Olivos: Grama Ediciones, 2023, p. 164.
[17] LACAN, J. (1971-1972), p. 219.
[18] MILLER, J.-A. O Um sozinho. Aula IX, 30 de março de 2011. Inédito.
[19] MILLER, J.-A; DI CIACCIA, A. L’uno-tutto-solo. Roma: Ubaldini Editore, 2018, p. 48.
[20] MILLER, J.-A. O Um sozinho. Aula IV, 09 de fevereiro de 2011. Inédito.
[21] MILLER, J.-A. O Um sozinho. Aula V, 02 de março de 2011. Inédito.
[22] MILLER, J.-A. O Um sozinho. Aula V, 02 de março de 2011. Inédito.
[23] MILLER, J.-A. O Um sozinho. Aula XIV, 25 de maio de 2011. Inédito.
[24] TUDANCA, L. (2023), p. 169.
[25] LACAN, J. (1971-1972), p. 110.
[26] BRODSKY, G. “A maluquice do sintoma”. XIV Congresso da AMP – “Todo mundo é louco”. Paris, 24/02/2024, inédito.
[27] LACAN, J. (1971-1972), p. 220.
[28] TUDANCA, L. (2023), p. 177.
[29] MILLER, J.-A. O Um sozinho. Aula IV, 09 de fevereiro de 2011. Inédito.
[30] SOUTO, S. Acontecimento de corpo e intrusão de pensamento nas psicoses: uma precisão. Almanaque on-line, º 21. Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais.
[31] SANTIAGO, J. “O empuxo-às-adicções e a iteração do Um de gozo”. In: Gurgel, I; Horne, B (Org). O campo uniano. O último ensino de Lacan e suas consequências. Goiânia: Editora Ares, 2022.
[32] LACAN, J. (1974), p. 22.
[33] LACAN, J. “O fenômeno lacaniano”. In: Opção Lacaniana nr. 68/69, dezembro de 2014, p. 16.
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