- Professora: Ana Martha Wilson Maia (EBP/AMP)
- Datas das aulas: 19/1; 26/1; 02/2; 09/2
- O curso será realizado via plataforma zoom
- Informações e inscrições: enviar um email para: icpcursoverao@gmail.com
- Valor do curso: R$100,00
- Vagas Limitadas
- Obs. Os alunos do Ciclo Fundamental são isentos do pagamento, mas precisam enviar um email para realizar sua inscrição
Ementa:
Nos anos 20-30, a sexualidade feminina esteve no centro da « Querela do falo » entre os analistas. Disso resultou a produção de uma série de publicações que se encontram como referências na obra freudiana e no ensino de Lacan.
Investigando as teorias sexuais infantis, Freud propôs a teoria da universalidade do pênis e a abandonou, alguns anos depois, pela teoria da primazia do falo. Como alguns analistas continuaram confundindo pênis com falo, ele escreveu dois textos (1931 e 1933), destacando que o falo é um elemento simbólico.
Lacan retomou a questão freudiana acerca da feminilidade nos anos 50 e usou o termo « mascarada » para circunscrever a relação da mulher com o falo na « Comédia entre os sexos ». Ele fez referência a uma analista que Freud não havia mencionado : Joan Rivière e a seu texto « A feminilidade como máscara » que se tornou uma referência no estudo sobre a sexualidade feminina, a partir desta leitura de Lacan. Nesta época também, anos 50, Maurice Bouvet apresentou outra versão da mascarada feminina o caso de « uma mulher bem calçada ».
O que este termo « mascarada feminina » aborda sobre a mulher que retorna em diferentes casos clínicos e abordagens teóricas? Que relação tem a mascarada com o gozo feminino apresentado por Lacan, anos depois ?
A proposta deste curso é circunscrever o termo « mascarada feminina » e verificar seu uso na clínica, o que possibilitará diferenciar a posição feminina da histeria e da neurose obsessiva na mulher.