Apresentação das atividades do segundo semestre de 2025

O ICP-RJ retomará as atividades do segundo semestre de 2025 no início de agosto. O instituto encaminhará, através de seus diferentes dispositivos, a questão permanente que o habita: o que é ensinar e pesquisar psicanálise e como o fazemos?

Esta agenda é um instrumento importante para localizar os cursos, as conferências e outras atividades que oferecemos, permitindo aos interessados escolher e organizar seus horários.

Em agosto iniciarão os cursos programados para o Ciclo Fundamental, com seus cursos regulares e suplementares e o curso intitulado: Lições em Psicanálise.

O Ciclo de Conferências sobre Referências Lacanianas, com frequência mensal, contará com a apresentação de colegas convidados que pertencem a outras seções da EBP: Elisa Alvarenga, Oscar Reymundo e Marcela Antelo.

A Diretoria realizará no dia 4 de outubro uma Conversação com os associados que tem como título – O desejo de ensinar e seus efeitos.

A Coordenação de Núcleos de Pesquisa organizará a Conversação anual, no dia 29 de novembro, que congregará todos os núcleos em torno do tema – O estrangeiro.

Agradecemos a todos – professores e professoras, âncoras, coordenadores dos Núcleos e colaboradores – que de diferentes lugares fazem o Instituto de Clínica Psicanalítica do Rio de Janeiro acontecer.

Convidamos a todos aqueles que nos acompanham nessa empreitada a ler esta agenda e guardá-la, porque ela possui informações sobre datas e horários de todas as atividades deste ano.

Boa leitura e bom trabalho e estudo!

Maria Silvia Garcia Fernandez Hanna
Diretora-geral do ICP-RJ

Algumas palavras

No exercício da função de Diretora de Secretaria e Tesouraria do ICP- RJ elegi dois significantes que me parecem condensar os principais atributos de nossas ações: “zelar” e “gerir”.

Zelar, pois, creio, ser uma função que demanda a precaução e a atenção delicada, exatamente por se tratar de um trabalho que envolve não somente recursos financeiros, muito caros para que a estrutura esteja azeitada, mas sobretudo seres falantes.

E gerir por ser uma condição, parte do conjunto “Diretoria”, e nessa condição há também a responsabilidade de colaborar com o húmus que alimenta e movimenta o enlace com a Escola.

No cotidiano do trabalho pretendemos seguir mantendo o diálogo e a troca com a Diretora-geral e com as três outras comissões da Diretoria, na direção das decisões a serem tomadas em conjunto.

Estamos também atentas ao Ciclo Fundamental, aos cursos anuais, às conferências, aos cursos de férias e aos Núcleos e Unidades de pesquisa.

Todos, cada um a seu modo, representam recursos para o Instituto e extensivamente para a Escola. Mas, sobretudo, um a um, são parte desse corpo chamado Instituto, juntamente com os associados, alunos e professores do ICP.

Nossa Diretoria está recebendo um Instituto com saúde em termos financeiros e pretendemos seguir apoiando algumas ações de grande valia para a sequência dos trabalhos. Essas ações, algumas já em andamento, dão continuidade à gestão anterior e serão desenhadas ao longo do trabalho em diálogo com a EBP-Seção Rio, sobretudo com o Conselho do ICP, de acordo com as demandas e os projetos que irão surgir.

Por ora, ao trabalho!

Maria Corrêa de Oliveira
Diretora de Secretaria e Tesouraria

Comissão de Secretaria e Tesouraria:

  • Adriana de La Peña Faria
  • Andréa di Pietro

Conselho Deliberativo do ICP-RJ

O Conselho e a Orientação Lacaniana

Iniciamos um novo semestre dando continuidade ao trabalho do Conselho do ICP-RJ junto à nova Diretoria.

Lacan inaugurou uma nova lógica de transmissão da psicanálise que propõe que seu funcionamento se oriente pela permutação das funções que são necessárias para a organização e o funcionamento da Escola. Desse modo, é inaugurada uma lógica na qual o que está no centro é a transferência de trabalho, que é o motor do trabalho. Embora o ICP não seja a Escola, ele se orienta por essa lógica da Orientação Lacaniana, uma vez que ele é essencialmente sustentado pelos membros da Escola e pertence à rede dos Institutos do Campo Freudiano. Esta rede foi criada por Judith Miller e Jacques-Alain Miller para ser um braço da Escola na cidade, um lugar de pesquisa e ensino da psicanálise que pudesse acolher as questões atuais.

O Conselho do ICP-RJ é consultivo e deliberativo. Ele tem a função de manter a Orientação Lacaniana no horizonte e acolher quem chega interessado no ICP e nos cursos. Já a Diretoria mantém vivos o ensino e a pesquisa em psicanálise no funcionamento do Instituto.

Como acima dito, um dos trabalhos do Conselho é o de acolher as pessoas que se endereçam ao ICP, procurando informações sobre a formação no Instituto. Ele também é responsável pela seleção de um dos cursos oferecidos, que é Ciclo Fundamental, de modo que ele precisa estar finamente articulado com a proposta do que é o ICP-RJ e para que serve o Instituto. O Conselho vem trabalhado intensamente para tentar manter em aberto a pergunta “o que é a formação no ICP?”, fazendo uma torção para “o que tem efeito de formação no ICP?”. Para isto, temos nos perguntado como receber as pessoas que procuram o ICP. Temos colocado a trabalho alguns significantes que recolhemos, como: a procura de conceitos fundamentais, um ciclo que seja regular e presencial, e também a procura de um lugar que dê contorno ao caos do mundo.

A pergunta que temos colocado a trabalho é o que tem efeito de formação? Articulada a como ampliar as portas de entradas do ICP. Entendemos que a primeira, o que tem efeito de formação, se guia pela Orientação Lacaniana do Campo Freudiano, mas vai num movimento de querer saber como podemos conversar com as questões que nossa cidade e as pessoas que vivem nela nos colocam.

Justamente sobre o ponto de como podemos nos abrir a outros saberes e discursos que atravessam a cidade e nossa prática, Cristiane Alberti, se referindo a um artigo de Jacques-Alain Miller, nos diz que na própria experiência da análise encontramos uma alteridade ao que é mais íntimo de cada um, e que o discurso da psicanálise opera desde essa lógica. Desse modo, o que se transmite inclui um ponto de alteridade. Isso tem a chance de produzir um discurso que não se fecha em si mesmo, produz enigma e abre um espaço para avançar na conversação com outros discursos sem perder a especificidade do discurso da psicanálise. 

Maria Antunes Tavares
Secretária do Conselho do ICP-RJ


Referência: ALBERTI, Christiane. La zone extime et la vie privée. MondoDispatch, 6 jun. 2025. Disponível em: https://mondodispatch.com/2025/06/06/la-zone-extime-et-la-vie-privee/. Acesso em: 13 jun. 2025.
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